Lela Martorano utiliza a fotografia como linguagem para refletir sobre a passagem do tempo e questionar a capacidade da memória em guardar as lembranças e recordações de forma objetiva. As obras da artista são resultantes da exploração implacável da imagem e sua projeção, e são construídas muitas vezes com a utilização de dispositivos analógicos. A apropriação de slides e filmes super-8 produzidos pelo seu pai na década de 70 constituiu a base para o desenvolvimento desse processo, que transita entre a fotografia e a videoinstalação. Lela busca deslocar estas imagens de seu contexto cotidiano para o campo da arte e estabelece uma relação intima com o espectador, remetido à suas próprias lembranças, sonhos ou reminiscências.
Através do procedimento de apropriação e das relações entre a imagem-luz (projeção) e a imagem-matéria (fotografia), a artista faz um cruzamento de tempos, memórias e histórias que não remetem apenas à percepção, mas também às sensações e emoções operadas pela memória.
Nesse portfólio você pode conhecer as obras: